quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

LIVRETANDO - COMO E POR QUE LER A LITERATURA INFANTIL BRASILEIRA

ZILBERMAN, Regina. Como e por que ler a literatura infantil brasileira. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.


Foto: Evandro Jair Duarte


Este livro eu já li e reli e o pego para fazer uma reflexão. Neste post eu o utilizarei como fonte de informação para o pensamento que tenho, algo muito particular, acerca do que eu tenho visto publicado por aí. Compartilharei apenas trechos e o sumário.

SUMÁRIO

Capítulo 1 - O que é que a literatura tem?
Capítulo 2 - Por onde começar?
Capítulo 3 - Monteiro Lobato e sua fantástica máquina de criar
Capítulo 4 - Lobato não estava só
Capítulo 5 - A aventura de começar de novo
Capítulo 6 - Reis, fadas e sapos para as crianças brasileiras
Capítulo 7 - Gentes e bichos
Capítulo 8 - Garotas que mudam o mundo
Capítulo 9 - Dos contos tradicionais ao folclore
Capítulo 10 - Meninos de rua
Capítulo 11 - Detetives mirins
Capítulo 12 - E para a poesia, não vai nada?
Capítulo 13 - Yes, nós temos teatro
Capítulo 14 - Quando fala a ilustração
Capítulo 15 - Para onde vamos?


O que é que a literatura tem?

No primeiro capítulo do livro Zilberman (2005, p. 9)  me dá uma rica informação: "Um bom livro é aquele que agrada, não importanto se foi escrito para crianças ou adultos, homens ou mulheres, brasileiros ou estrangeiros. E ao livro que agrada se costuma voltar, lendo-o de novo, no todo ou em parte, retornando de preferência àqueles trechos que provocaram prazer particular".

Eu, enquanto leitor, confesso que muitas vezes a capa me chama a atenção, assim, quando eu entro em uma livraria ou sebo (lugares que frequento muito), eu gosto de pegar o livro e analisar: a capa, as ilustrações (quando tem), as orelhas (leio-as), a contracapa (leio para saber mais do conteúdo), procuro por um sumário ou índice (faço uma leitura técnica para conhecer um pouco mais da obra), às vezes, se tenho um tempo maior na livraria ou sebo eu leio um pouco do primeiro capítulo.

"Com a literatura para crianças não é diferente: livros lidos na infância permanecem na memória do adolescente e do adulto, responsáveis que foram por bons momentos aos quais as pessoas não cansam de regressar" (ZILBERMAN, 2005, p. 9).




Muitas foram as histórias lidas por mim em minha infância! 

Vários marcaram aquele período. 

No entanto, o livro que até hoje reverbera em mim é "O pequeno príncipe" de Antoine de Saint Exupery. 

Ele é agradável, me traz lembranças da Biblioteca Pública que o peguei para levar à casa e ler. 

Quando o pego nas mãos e lembro que um dia fui até àquela biblioteca eu lembro do espaço infantil e do cheiro que lá tinha, lembro do cheiro que o livro tinha que não era de mofo, poeira, nem de livro novo. 

Era algo com um cheirinho gosto, que eu só fui descobrir ao cursar Biblioteconomia e fazer estágio na biblioteca da UDESC. 

Era o cheiro da "fita mágica", usada para colar as etiquetas nas lombadas dos livros. 

Assim, quando sinto o cheiro da fita, hoje nas bibliotecas, eu sou levado, automaticamente, pelo fio da memória até aquele lugarzinho especial em São Sebastião - SP. 

Todo esse prazer me faz voltar e voltar e voltar ao livro do Pepê (PP).




O livro para crianças podem e devem ser lidos e revisitados pelos adultos, sem problema algum. Mas, a meu ver, o livro infantil ou juvenil precisa ser atrativo para que os leitores cheguem a ele. As crianças e os jovens são extremamente exigentes e críticos com o que se apresenta. Na literatura infantil ou juvenil eu sempre fico vidrado nas ilustrações, um bom ilustrador faz toda a diferença para uma obra.

"O escritor dispõe também de grande liberdade, pois, somando experiência e imaginação, ele pode ir longe, inventando pessoas, lugares, épocas e enredos diversificados" (ZILBERMAN, 2005, p. 13).

A criação é um processo a ser pensado, estruturado e reestruturado não? O cuidado e o zelo para com o acabamento para se ter uma obra literária necessita de tempo, ela não pode ser escrita em uma única sentada na frente do computador. Ela precisa ser revista e analisada para que o texto tome forma e crie uma vida. Essa libertação no momento da escrita é fundamental para a criatividade tomar asas e inventar o que precisa ser inventado, no entanto, questiono: quem é o seu leitor? O que ele espera? A sua obra está boa mesmo?

Um texto mal escrito, com problemas gramaticais e ortográficos, não atrai em nada o leitor. Muitos problemas acarretam no abandono da obra e o insucesso dela.

Sendo assim, acredito que um material literário necessita nascer, maturar e passar por leitura de terceiros (de confiança é claro), para depois passar pelas mãos de um corretor especialista na língua escrita.

Percebo que nem todo escritor pode ser ilustrador, nesse aspecto, muito cuidado para não deixar suas obras em caixas a serem vendidas ou nas estantes de sebos, livrarias e bibliotecas, sem que haja interesse pelos que por ela passarem, folhearem e devolverem às estantes.


Gostei do texto.
Recomendo para os curiosos e para os pesquisadores de literatura infantil e juvenil - apesar de que a cada leitor o seu livro e a cada livro o seu leitor. Assim, todos podem ler e ouvir esta história.

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