sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

LIVRETANDO - CONTOS BRUXÓLICOS (por Inês Carmelita Lohn)

LOHN, Inês Carmelita. Contos Bruxólicos. Florianópolis, SC: Pistis, 2014.


Este livro da escritora catarinense Inês Carmelita Lohn eu comprei no lançamento feito na 29ª Feira do Livro de Florianópolis-SC. 

A Feira acontece no largo da Alfândega.

Eu fui lá prestigiar o lançamento e comprei o livro. Pedi a dedicatória e registramos o momento com fotos. 

Nesse meio tempo eu aproveitei para conversar um pouco com a Inês.


Foto: Inês Carmelita Lohn


O conto "O mistério da luz na praia" é o primeiro do livro. Este eu já conhecia, pois a autora já narrou algumas vezes em roda de contação de histórias. Eu ouvi falar da "Dona Tímida" pela primeira vez na Biblioteca Pública de Santa Catarina - BPSC. Uma bela história.

"A canoa do Zé Balaio" precisa ser lida por vocês. Muito interessante.

Já estou na metade do livro, só não farei mais comentários para não dar spoilers, senão fica sem graça ler depois.

Muitas são as histórias de bruxas e embruxamentos, os contos são divertidos.

Curti a capa.
Curti as histórias.
Recomendo para todos os amantes de histórias. As crianças irão gostar também.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

LIVRETANDO - MONSIEUR GENTIL (pour Adam Hargreaves)

HARGREAVES, Adam. Monsieur gentil. Ilustrado por Adam Hargreaves. Paris: Hachette, 2004. (Collection Monsieur).



Foto: Evandro Jair Duarte

Este livro eu comprei quando viajei para o Canadá.

Ce livre j'ai acheté quand j'ai faire une voyage au Canada.

Esta é uma história para se ler e refletir e reconhecer cada fase dela em nosso dia a dia.

Cette histoire est pour lire et réfléchir. Vous pouvez reconnaître un peu de tous les jours de vos vies.

Ele é gentil e vive em um lugar onde as pessoas batem portas, há descuido com as ruas, cães são mal educados, até mesmo as árvores e o tempo são mal humorados.

Um dia ele descobre um lugar onde as pessoas dizem "obrigado" e ele decide morar naquele ambiente.

Soyez doux. Soyez poli. Soyez gentil. Toujours à la mode.
Seja gentil. Seja educado. Seja amável. Seja bondoso. Ainda está na moda.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

LIVRETANDO - A DANÇA DO BOI (por Maria Helena Valentim Gomes, Ilustrado por Valéria Valentim Gomes)

GOMES, Maria Helena Valentim. A dança do boi. Ilustração [de] Valéria Valentim Gomes; Montagem [de] Aurélia Valentim Gomes e Naiara Valentim Gomes. [s.l.]: [s.n.], [2014].


Foto: Evandro Jair Duarte

Este livro eu comprei na 29ª Feira do Livro de Florianópolis-SC. Nesta quinta-feira, dia 11 de dezembro de 2014 às 14 horas na sessão de Lançamento e Autógrafos do livro A DANÇA DO BOI da autora Maria Helena Valentim Gomes (In Memorian), representada por sua filha a ilustradora Valéria Valentim Gomes.

A autora deste livro faleceu faz um ano e meio e está representada por sua filha a organizadora e ilustradora da obra para ser feito o lançamento neste dia. Valéria é uma moça tímida e simpática. A ilustração uma gostosura de se ver.

Foto: Evandro Jair Duarte

O Juca me fez rir das travessuras dele, a história do boi não aparece para representar o folclore com todo o rigor do enredo do boi de mamão. Mas, Juca vê a dança do boi e os personagens surgem à sua frente de uma maneira muito diferente e você pode rir e se divertir com ele e com as demais cenas.

Gostei do livro. Apesar de uma falta de orientação de um bibliotecário para fazer a ficha catalográfica e para informar à organizadora que faltam elementos na capa e faltou uma folha de rosto com informações importantes do livro e até a própria ficha catalográfica.
Gostei da história. Apesar de encontrar dois pequenos erros.
Gostei muito da capa.
Gostei das ilustrações. Apesar de a impressão não ser de boa qualidade no miolo - as ilustrações são muito boas.
Recomendo para leitores de 4 anos em diante - apesar de que a cada leitor o seu livro e a cada livro o seu leitor. Assim, todos podem ler e ouvir esta história.


ARTIGO - A COMPETÊNCIA INFORMACIONAL PARA A SELEÇÃO E DISSEMINAÇÃO DO ACERVO LITERÁRIO INFANTIL DA BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL BARREIROS FILHO: OLHAR ESTÉTICO (por Evandro Jair Duarte, Claudete Terezinha da Mata e Clarice Fortkamp Caldin)

DUARTE, Evandro; MATA, Claudete Terezinha da; CALDIN, Clarice Fortkamp. A competência informacional para seleção e disseminação do acervo literário infantil da biblioteca pública municipal Barreiros Filho: olhar estético. In: Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, v. 19, n.41, p.59-82, set./dez. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/1518-2924.2014v19n41p59/28290>. Acesso em 11 dez. 2015.

Divulgo nosso trabalho para que possam ler e discutir.


RESUMO
Registra o potencial da literatura infantil e a responsabilidade da Biblioteca Pública em selecionar as obras que irão compor o acervo infantil, além de oportunizar o contato do livro com o público leitor. Informa acerca do funcionário da biblioteca e a importância do desenvolvimento da Competência Informacional e explora a dimensão estética dessa competência. O objetivo geral é verificar as habilidades, os comportamentos e as atitudes (competências) do Bibliotecário da Biblioteca Pública Municipal Barreiros Filho no processo de seleção disseminação do acervo literário infantil como forma de promoção e incentivo à leitura. Como objetivos específicos listam-se: a) verificar se há um bibliotecário para atendimento específico ao usuário infantil; b) registrar quem é o profissional responsável pela seleção das obras infantis da biblioteca pesquisada; c) descrever a relação entre funcionário da biblioteca e usuário; d) registrar as atividades desenvolvidas para que ocorra a circulação e disseminação do acervo infantil; e) registrar como ocorre a interação entre criança e livro; f) observar a Competência Informacional do funcionário da biblioteca para o trabalho com o acervo infantil. É
uma investigação de caráter descritivo e exploratório e de abordagem qualitativa. A pesquisa tem um viés fenomenológico e se caracteriza como estudo de caso. Utilizou-se a entrevista face a
face para a coleta de dados e como apresentação de resultados optou-se pela categorização das informações.

PALAVRAS-CHAVE: Funcionário de biblioteca. Biblioteca Pública Municipal Barreiros Filho. Acervo literário infantil. Dimensão Estética da Competência informacional.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

LIVRETANDO - COMO E POR QUE LER A LITERATURA INFANTIL BRASILEIRA

ZILBERMAN, Regina. Como e por que ler a literatura infantil brasileira. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.


Foto: Evandro Jair Duarte


Este livro eu já li e reli e o pego para fazer uma reflexão. Neste post eu o utilizarei como fonte de informação para o pensamento que tenho, algo muito particular, acerca do que eu tenho visto publicado por aí. Compartilharei apenas trechos e o sumário.

SUMÁRIO

Capítulo 1 - O que é que a literatura tem?
Capítulo 2 - Por onde começar?
Capítulo 3 - Monteiro Lobato e sua fantástica máquina de criar
Capítulo 4 - Lobato não estava só
Capítulo 5 - A aventura de começar de novo
Capítulo 6 - Reis, fadas e sapos para as crianças brasileiras
Capítulo 7 - Gentes e bichos
Capítulo 8 - Garotas que mudam o mundo
Capítulo 9 - Dos contos tradicionais ao folclore
Capítulo 10 - Meninos de rua
Capítulo 11 - Detetives mirins
Capítulo 12 - E para a poesia, não vai nada?
Capítulo 13 - Yes, nós temos teatro
Capítulo 14 - Quando fala a ilustração
Capítulo 15 - Para onde vamos?


O que é que a literatura tem?

No primeiro capítulo do livro Zilberman (2005, p. 9)  me dá uma rica informação: "Um bom livro é aquele que agrada, não importanto se foi escrito para crianças ou adultos, homens ou mulheres, brasileiros ou estrangeiros. E ao livro que agrada se costuma voltar, lendo-o de novo, no todo ou em parte, retornando de preferência àqueles trechos que provocaram prazer particular".

Eu, enquanto leitor, confesso que muitas vezes a capa me chama a atenção, assim, quando eu entro em uma livraria ou sebo (lugares que frequento muito), eu gosto de pegar o livro e analisar: a capa, as ilustrações (quando tem), as orelhas (leio-as), a contracapa (leio para saber mais do conteúdo), procuro por um sumário ou índice (faço uma leitura técnica para conhecer um pouco mais da obra), às vezes, se tenho um tempo maior na livraria ou sebo eu leio um pouco do primeiro capítulo.

"Com a literatura para crianças não é diferente: livros lidos na infância permanecem na memória do adolescente e do adulto, responsáveis que foram por bons momentos aos quais as pessoas não cansam de regressar" (ZILBERMAN, 2005, p. 9).




Muitas foram as histórias lidas por mim em minha infância! 

Vários marcaram aquele período. 

No entanto, o livro que até hoje reverbera em mim é "O pequeno príncipe" de Antoine de Saint Exupery. 

Ele é agradável, me traz lembranças da Biblioteca Pública que o peguei para levar à casa e ler. 

Quando o pego nas mãos e lembro que um dia fui até àquela biblioteca eu lembro do espaço infantil e do cheiro que lá tinha, lembro do cheiro que o livro tinha que não era de mofo, poeira, nem de livro novo. 

Era algo com um cheirinho gosto, que eu só fui descobrir ao cursar Biblioteconomia e fazer estágio na biblioteca da UDESC. 

Era o cheiro da "fita mágica", usada para colar as etiquetas nas lombadas dos livros. 

Assim, quando sinto o cheiro da fita, hoje nas bibliotecas, eu sou levado, automaticamente, pelo fio da memória até aquele lugarzinho especial em São Sebastião - SP. 

Todo esse prazer me faz voltar e voltar e voltar ao livro do Pepê (PP).




O livro para crianças podem e devem ser lidos e revisitados pelos adultos, sem problema algum. Mas, a meu ver, o livro infantil ou juvenil precisa ser atrativo para que os leitores cheguem a ele. As crianças e os jovens são extremamente exigentes e críticos com o que se apresenta. Na literatura infantil ou juvenil eu sempre fico vidrado nas ilustrações, um bom ilustrador faz toda a diferença para uma obra.

"O escritor dispõe também de grande liberdade, pois, somando experiência e imaginação, ele pode ir longe, inventando pessoas, lugares, épocas e enredos diversificados" (ZILBERMAN, 2005, p. 13).

A criação é um processo a ser pensado, estruturado e reestruturado não? O cuidado e o zelo para com o acabamento para se ter uma obra literária necessita de tempo, ela não pode ser escrita em uma única sentada na frente do computador. Ela precisa ser revista e analisada para que o texto tome forma e crie uma vida. Essa libertação no momento da escrita é fundamental para a criatividade tomar asas e inventar o que precisa ser inventado, no entanto, questiono: quem é o seu leitor? O que ele espera? A sua obra está boa mesmo?

Um texto mal escrito, com problemas gramaticais e ortográficos, não atrai em nada o leitor. Muitos problemas acarretam no abandono da obra e o insucesso dela.

Sendo assim, acredito que um material literário necessita nascer, maturar e passar por leitura de terceiros (de confiança é claro), para depois passar pelas mãos de um corretor especialista na língua escrita.

Percebo que nem todo escritor pode ser ilustrador, nesse aspecto, muito cuidado para não deixar suas obras em caixas a serem vendidas ou nas estantes de sebos, livrarias e bibliotecas, sem que haja interesse pelos que por ela passarem, folhearem e devolverem às estantes.


Gostei do texto.
Recomendo para os curiosos e para os pesquisadores de literatura infantil e juvenil - apesar de que a cada leitor o seu livro e a cada livro o seu leitor. Assim, todos podem ler e ouvir esta história.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

LIVRETANDO - O CONDOMÍNIO (por Milka Plaza)

CARVAJAL, Milka Lorena Plaza. O condomínio. Ilustrações da autora. Florianópolis: Imprensa Universitária da UFSC, 2008.



Foto: Evandro Jair Duarte

Este livro eu comprei da própria autora em um Curso de Formação de Contadores de Histórias, este realizado no auditório da Biblioteca Pública de Santa Catarina. Milka Plaza e Julião Goulart fizeram uma dobradinha na ministração das aulas. Um curso muito bom, com técnicas vocais, corporais, de uso de microfone e de palco. Eu recomendo para quem desejar fazer.

Milka escreve uma história que tem bom enredo. Gostei dos personagens e da trama toda. Um condomínio em que  os habitantes são aves, gnomos e Gato. Eles vivem um mistério e a difícil tarefa da convivência e da tolerância das diferenças entre eles.

Gostei do livro, da história.

Recomendo para leitores de 6 anos em diante - apesar de que a cada leitor o seu livro e a cada livro o seu leitor. Assim, todos podem ler e ouvir esta história.

LIVRETANDO - GATO E SAPATO (por Marta Eliane S. Carvalho)

CARVALHO, Marta Eliane S. Gato e sapato. Ilustrações de Bruna Carvalho de Oliveira Nunes. Florianópolis: DIOESC, 2011.


Foto: Evandro Jair Duarte


Este livro eu comprei da autora em 20 de agosto de 2011, ela estava na feira do livro em Governador Celso Ramos e eu aproveitei para comprar e pedir a dedicatória. Sempre que posso eu peço a dedicatória.

Marta conta a história de Soneca, um gato bem sapeca. Ele apronta de manhã e a tarde, à noite resolve sair. O mundo ele conhece, some e desaparece. Um dia enquanto a sua dona chora, ora quem entra sem demora? Um gato, dois gatos, e mais sete gatos. Uma gataiada. A história é toda ritmada, uma gostosura só.

Marta é Florianopolitana moradora do Estreito, formou-se em Minas Gerais em Psicologia e se especializou por lá. É educadora, poetisa, contista e participa de uma associação, a ACPCC - Associação Catarinense de Poetas, Contistas e Cronistas.


Gostei da história.
Gostei muito da capa.
Gostei muito das ilustrações.
Recomendo para leitores de 4 anos em diante - apesar de que a cada leitor o seu livro e a cada livro o seu leitor. Assim, todos podem ler e ouvir esta história.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

LIVRETANDO - A TARTARUGUINHA TATÁ (por Antonieta Mercês)

MERCÊS, Antonieta. A tartaruguinha Tatá. Ilustrações: Márcia Cattoi. Florianópolis: Pandion, 2011.


Foto: Evandro Jair Duarte


Este livro eu comprei no lançamento que a autora minha amiga fez no dia 20 de agosto de 2011. As ilustrações são lindas.

A tartaruga vai até a praia e começa a cavar um buraco para por seus ovos, uau, ela coloca 100, e aguarda seus filhos nascerem. Ela precisará ensinar que o mar tem coisas belas e perigosas também.

Tatá foi a última tartaruguinha a sair do buraco na areia e já não avistou toda a sua família. Resolve ir para o mar e procurá-los e encontra seres novos para ele e o temível Tutu, o tubarão azul. A esperta Tatá dá seu jeito e se livre dele. Depois reencontra sua família.

A história tem muitos detalhes gostosos de ler. Recomendo.

Antonieta Mercês é nascida em Canto dos Ganchos (Governador Celso Ramos), fez o curso de Letras Português na UFSC e já publicou outros livros: Quando despenca o pampeiro (2004); Saragaço (2009); A tartaruguinha Tatá (2011); A galinha polaca (2012); O macaco Maca (2013); e, agora, O lagartinho verde (2014). Todas as histórias são divertidas e trazem uma mensagem muito boa.

Márcia Cattoi é artista visual e designer pela UFSC.


Gostei da história.
Gostei muito da capa.
Gostei muito das ilustrações.
Recomendo para leitores de 4 anos em diante - apesar de que a cada leitor o seu livro e a cada livro o seu leitor. Assim, todos podem ler e ouvir esta história.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

ARTIGO - CRIAÇÃO DE UMA PROPOSTA DE CRITÉRIOS DE SELEÇÃO PARA AS OBRAS RARAS DA BIBLIOTECA PÚBLICA DE SANTA CATARINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA (por Priscilla Lüdtke Espíndola e Evandro Jair Duarte)

Este artigo foi publicado na Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v.19, n.1, p. 135-146, jan./jun., 2014.

Resumo: Este trabalho constitui-se em um relato de experiência de estágio extracurricular realizado na Biblioteca Pública de Santa Catarina (BPSC). As atividades realizadas até o momento objetivaram a criação de uma proposta de critérios de seleção para embasar o processo decisório de quais materiais devem constituir o acervo do Setor de Obras Raras da BPSC. Trata-se de um estudo que visa estudar critérios empregados na seleção de Obras Raras, o que caracteriza esta investigação como contendo o uso do método exploratório, com um viés fenomenológico para a apresentação da experiência do estágio acadêmico e utilizou-se de emprego de fontes bibliográficas (como os artigos científicos da área da Biblioteconomia) e de fontes documentais da BPSC (como os relatórios gerados pelo software empregado para gerenciar o acervo e um esboço de política existente). Elenca uma série de critérios que são sugestões para o trabalho de seleção para compor a coleção de Obras Raras, o que é caracterizado como resultado da pesquisa final. Ao final, espera-se que os critérios sugeridos possam ser acrescentados à Política de Gestão de Estoques Informacionais (PGEI) que a Instituição está desenvolvendo no momento em que este relato é descrito. Assim como, espera-se uma continuidade de estudos e reflexões para avaliação dos critérios e melhorias se houver necessidade para tal.


Palavras-chave: Obras Raras. Biblioteca Pública de Santa Catarina. Critérios de Seleção. Gestão de Estoques Informacionais.

Link para acesso ao artigo na íntegra:
http://www.revista.acbsc.org.br/racb/article/view/944/pdf_94

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

ARTIGO - O BIBLIOTECÁRIO GESTOR DA INFORMAÇÃO EM UMA SERVENTIA DE PAZ: RELATO DE EXPERIÊNCIA (por Evandro Jair Duarte)

Este artigo foi publicado na Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v. 17, n. 2, p. 491-529, jul./dez., 2012


Resumo: aborda a gestão da informação e documental do arquivo de uma Serventia de Paz do Município de Florianópolis – SC por um bibliotecário incorporado ao quadro funcional para proceder com a realização das atividades de organização, planejamento, preservação e recuperação da informação no ambiente cartorário. Disserta sobre os resultados obtidos e a visão concernente aos procedimentos adotados no desenvolvimento das ações antes e depois da interação do bibliotecário no local entitulado arquivo. Informa sobre trabalhos a serem executados no cartório, através de planejamentos gerenciais e estratégicos para que os serviços e produtos alcancem eficiência e eficácia e garantam a satisfação dos clientes e dos demais usuários dos trabalhos do arquivo e da serventia. 

Palavras-chave: Gestão documental. Gestão de arquivo. Gestão da Informação. Gestão do Conhecimento. Planejamento Gerencial. Preservação Documental. Serventia de Paz. Arquivo de Cartório.

Link para o texto na íntegra:
http://www.revista.acbsc.org.br/racb/article/view/832/pdf_1

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

ARTIGO - ARQUIVOS DE CARTÓRIO: A SITUAÇÃO EM FLORIANÓPOLIS -SC (por Evandro Jair Duarte, Luciane Adami Bonezi, Marcelo Cavaglieri e Suzana Zulpo Pereira)



Este foi um trabalho apresentado em uma disciplina de Gestão no Curso de Biblioteconomia na UDESC, o resultado foi publicado como artigo na Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v. 12, n.1, p. 113-121, jan./jun., 2007. 



ResumoOs cartórios surgiram no Brasil em 1874. São organizações técnicas e administrativas destinadas a garantir a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos. O arquivo de um cartório é constituído por documentos que servem de prova de transações com valor legal, sendo considerado o centro da instituição. Para que os documentos de um arquivo estejam classificados, ordenados e armazenados em local adequado, é imprescindível o trabalho de profissional com conhecimentos em Arquivologia. Com base nisto, fez-se uma pesquisa nos cartórios do município de Florianópolis para constatar se há profissionais habilitados atuando nas unidades pesquisadas e se existe uma sala específica para o armazenamento dos documentos. 

Palavras-chaveArquivo. Arquivista. Bibliotecário. Cartório. Arquivos de cartórios.

Link para o texto na íntegra:
http://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/498

LIVRETANDO - PORCOLINO E MAMÃE (por Margaret Wild; ilustrado por Stephen Michael King)

WILD, Margaret. Porcolino e mamãe. Ilustrado por Stephen Michael King. Tradução: Gilda de Aquino. 4. reimpr. São Paulo: Brinque-book, 2009.


Foto: Evandro Jair Duarte


Este livro eu comprei para dar de presente. Claro que antes de presentear eu li para verificar se o teor da história estava de acordo com a pessoa que irá receber. Será endereçado a uma contadora de histórias.

Na contracapa: "Porcolino perdeu sua mamãe. Todos querem ajudar - o pato, o carneiro, o burro, o cão, o cavalo e o gato. Mas Porcolino não quer ser consolado até encontrar a sua mamãe".

Não era abraço de outros, fazer enfeites com flores com outras criaturas, brincar de pegar com alguém, rolar na lama com amigos, dançar com conhecidos, cochilar ao sol com colegas que Porcolino queria, ele desejava mesmo era a presença de sua mãe. Oinc!

Um lindo livro para ser narrado em rodas de leituras.

Gostei da história. Linda!
Gostei muito da capa. 
Curto muito esse ilustrador.
Recomendo para leitores de todas as idades.

LIVRETANDO - PAPAI ! (escrito e ilustrado por Philippe Coretin; tradução de Cássia)

CORETIN, Philippe. Papai! Ilustração do autor. Tradução Cássia Silveira. São Paulo: Cosac Naify, 2008.


Foto: Evandro Jair Duarte

Este livro eu ganhei do Projeto Itaú Cultural "Leia para uma criança".


O autor Philippe Corentin, pseudônimo de Philippe Le Saux, é nascido em 1936 em Boulogne-Billancourt, na França. "Corentin mescla nos livros seres fantásticos e humanos de maneira inventiva, dialogando diretamente com o imaginário e os medos infantis" - trecho da biografia do autor, extraído do livro: Papai! O autor, também, é ilustrador.

Cássia Silveira, paulista de Bauru-SP é a tradutora.

A história é bem bonitinha. Trabalha o medo de um menino que é colocado para dormir e vê monstros em seu quarto já escurecido para dormir. O legal é que o autor também coloca em foco o medo do monstro com a presença do menino no quarto dele e chama o papai monstro...rsrs... uma mistura de imaginação e mundos... Amei ler e reler a história!

Na Contracapa: "À noite, criança dorme? Nem sempre. Às vezes, na hora do descanso, ela quer os pais por perto. Pois monstros, fantasmas e similares habitam o quarto e provocam pesadelos. É difícil distinguir o sonho da realidade. Por isso, pede socorro. E não é só a mãe que aconchega e acalma. A presença protetora e corajosa do pai é sempre bem-vinda. Por meio de um diálogo amoroso, este livro desperta na criança o respeito às diferenças. Ninguém temerá monstros se a diferença não for vista como ameaça. É possível dormir em paz, afinal" (ROSELY SAYÃO).


Gostei da história.
Gostei muito da capa.
Gostei muito das ilustrações.
Recomendo para leitores de 6 anos em diante - apesar de que a cada leitor o seu livro e a cada livro o seu leitor. Assim, todos podem ler e ouvir esta história.

LIVRETANDO - GATO PRA CÁ, RATO PRA LÁ (por Sylvia Orthof; Ilustração: Graça Lima)

ORTHOF, Sylvia. Gato pra cá, rato pra lá. Ilustrações Graça Lima. Rio de Janeiro: Rovelle, 2012.



Foto: Evandro Jair Duarte

Este livro eu ganhei do Projeto da Fundação Itaú Social "Leia para uma criança". Eu solicito desde o primeiro ano do programa para a leitura com crianças. 

Linda ilustração, qualidade na impressão e no papel utilizado para compor o livro.

Uma história linda com um gato muito viajado, um rato choroso e perdido e uma lua gata, prata e sorridente como personagens dessa narrativa tão poética.

Antes da história tem uma apresentação da obra que diz assim: "Gato pra cá, rato pra lá é das fábulas poéticas mais encantadoras que já vi. Exala afetividade, graça, compreensão ideal de vida" (CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE).

Na contracapa Sylvia Orthof diz: "Se alguém for procurar uma grande história, neste livro, não vai encontrar. Ele resolveu escolher o caminho do singelo, e livro, se a gente não deixar ele ser como ele cisma, fica amarrado. Acho que esta história é para ler pouco e imaginar muito. Nasceu de uma velha anedota, que ouvi, nos meus tempos de criança. Descobri que o rato da história sou eu! Foi de repente que descobri e me espantei".


Gostei muito da história.
Gostei muito da capa.
Gostei muito das ilustrações.
Recomendo para leitores de 6 anos em diante - apesar de que a cada leitor o seu livro e a cada livro o seu leitor. Assim, todos podem ler e ouvir esta história.

sábado, 25 de outubro de 2014

LIVRETANDO - SAPO COMILÃO (por Stela Barbieri e ilustração de Fernando Vilela)


BARBIERI, Stela. Sapo comilão. Ilustração de Fernando Vilela. São Paulo: DCL, 2013.




Fotos: Evandro Jair Duarte


Livro emprestado do Setor Infantojuvenil da Biblioteca Pública de Santa Catarina.



A capa é muito linda, o tamanho do livro me agrada, muito bom pra contar a história e mostrar as imagens. A ilustração é muito boa, gosto dos traços.



O sapo cansa de sua alimentação diária e parte em uma aventura para experimentar novos sabores e novos alimentos... tomates vermelhinhos, folhas verdinhas, melancia, jabuticabas, milho verde, espaguete, sorvete, mas adivinhem o final... rsrs.


Gostei da história.
Gostei muito da capa.
Gostei muito das ilustrações.
Recomendo para leitores de 4 anos em diante - apesar de que a cada leitor o seu livro e a cada livro o seu leitor. Assim, todos podem ler e ouvir esta história.

LIVRETANDO - O PATO, A MORTE E A TULIPA (escrito e ilustrado por Wolf Erlbruch, traduzido por José Marcos Macedo)

ERLBRUCH, Wolf. O pato, a morte e a tulipa. Tradução de José Marcos Macedo; Texto e ilustração de Wolf Erlbruch. São Paulo: Cosac Naify, 2009.


Título original: Ente, Tod und Tulpe.



Foto: Evandro Jair Duarte

O autor nasceu na Alemanha e o tradutor em São Paulo.

Foto: Evandro Jair Duarte


Livro que peguei emprestado do Setor Infantojuvenil da Biblioteca Pública de Santa Catarina. A capa é linda, as folhas de uma qualidade indescritível. Gosto muito de livros bons, bonitos, com histórias que são assim, para refletir.



O pato percebe a presença da morte, eles ficam próximos, ele tenta ludibriar essa tão indesejada figura ... mas os seus cuidados chegam para todos os vivos!



Onde entra a tulipa nessa história? Precisarás ler para saber.



Achei uma história muito bem arquitetada e linda!


Gostei da história.
Gostei muito da capa.
Gostei muito das ilustrações.
Recomendo para leitores de 4 anos em diante - apesar de que a cada leitor o seu livro e a cada livro o seu leitor. Assim, todos podem ler e ouvir esta história.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

LIVRETANDO - QUEM SOLTOU O PUM? (por Blandina Franco, com ilustrações de José Carlos Lollo)

FRANCO, Blandina. Quem soltou o pum? Ilustrações de José Carlos Lollo. São Paulo: Companhia das letrinhas, 2010.
 
Fotos: Evandro Jair Duarte

Este livro foi doado à Biblioteca Pública de Santa Catarina e eu o peguei emprestado por causa do título. Quando comecei a ler dei boas risadas, pois o texto brinca com a palavra pum. Como por exemplo: "Nada me deixa mais feliz do que soltar o Pum". Texto gostoso e divertido, as risadas são garantidas. Super recomendo e leitura do livro.


Gostei da história.
Gostei muito da capa.
Gostei muito das ilustrações.
Recomendo para leitores de 1 ano em diante - apesar de que a cada leitor o seu livro e a cada livro o seu leitor. Assim, todos podem ler e ouvir esta história.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

LIVRETANDO - CRÔNICA DE GATOS (por Rubens da Cunha - ilustrações de Regina Marcis

CUNHA, Rubens da. Crônica de gatos. Ilustrações de Regina Marcis. Jaraguá do Sul: Design Editora, 2010.



Foto: Evandro Jair Duarte.


A história deste livro eu conheci ao ser narrada pelo contador de histórias Ingo Vargas, no 6º Seminário de Literatura Infantil e Juvenil no auditório do CED/UFSC, agora no mês de outubro. 

A narrativa de Ingo foi tão gostosa que eu saí para procurar no expositor da livraria que estava no evento, não encontrei. Encontrei o Ingo e perguntei de quem era a autoria. Ele me disse ser do Rubens da Cunha, autor que eu já conhecia do Facebook.

Como eu não consegui comprar a história e achei ela muito gostosa para ser contada e recontada, resolvi entrar no Facebook e chamar o Rubens para que eu pudesse comprar dele. Conversamos e ele ficou de trazer um exemplar para mim na Biblioteca Pública de Santa Catarina e foi o que ele fez. Ainda trouxe mais um livro de presente e fascículos de uma coleção intitulada "Vertebrais".

Obrigado Rubens da Cunha, estou muito feliz em conseguir o livro "Crônica de gatos" e também, por ganhar os demais itens. Grato! Sou grato por conseguir comprar o livro, sou grato pelos presentes, sou grato por sua simpatia, sou grato por sua disponibilidade e por sair do local onde estavas e vir até mim trazer a obra literária. Grato e Grato!

Claro que não perdi a oportunidade de pedir a dedicatória, sempre que consigo eu peço mesmo!! Sou de tietar também, não deu tempo de tirar fotos porque eu tive que atender aos usuários que chegaram. Mas, em breve eu conseguirei. Risos. 

Foto: Evandro Jair Duarte.

A obra: a chegada de um gato que muda a vida do narrador, um gato que gosta de deitar sobre livros, um gato leitor? Um período com o gato e ele se vai. Outro gato, não um leitor de livros como o anterior e sim pessoas. 

Não posso falar mais sobre este livro, porque o mistério de como acontecem as narrativas e de como se desenrola a crônica fica por sua curiosidade em buscar o livro e ler. Só sei dizer que gostei de ouvir a narração de Ingo Vargas e agora de ler o livro de Rubens da Cunha.

Tenho que mostrá-lo para Claudete Terezinha da Mata, a minha amiga Bruxa da Mata.
Foto: Evandro Jair Duarte.


Gostei da história.
Gostei muito da capa.
Gostei muito das ilustrações.
Recomendo para leitores de 6 anos em diante - apesar de que a cada leitor o seu livro e a cada livro o seu leitor. Assim, todos podem ler e ouvir esta história.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

LIVRETANDO - O CASTELO COR DE SOL (por Tonni Lima)

LIMA, Tonni. O castelo cor de sol. Capa e ilustrações de Tonni Lima. São Paulo: All print editora, 2011. (Coleção Sonhos Possíveis).
Fonte: internet

Este livro foi doado a Biblioteca Pública de Santa Catarina pelo próprio autor.

A história trata de situações e valores que nos deparamos em nosso viver cotidiano. A soberba, a inveja, a intolerância, o mal humor... o medo de dividir os espaços e as atenções com o novo, com a novidade... até mesmo o desprezo... até que um dia acontece o que é muito comum: a necessidade de ajuda, que vem dos desprezados e deixados de lados, não aceitos no grupo. Mesmo assim a ingratidão. A princesa do castelo observa tudo e ouve o que as flores egoístas falam e toma uma decisão drástica e o jardineiro intervém por aquelas flores. No lugar delas, muitas sementes de girassol foram plantas, dizem que  ao nascerem o sol bate nas flores que refletem a luz e ilumina todo o castelo. Linda história!!!


Gostei da história.
Gostei muito da capa.
Gostei das ilustrações.
Recomendo para leitores de 4 anos em diante - apesar de que a cada leitor o seu livro e a cada livro o seu leitor. Assim, todos podem ler e ouvir esta história.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

LIVRETANDO - ELA TEM OLHOS DE CÉU (por Socorro Acioli, com ilustrações de Mateus Rios)

ACIOLI, Socorro. Ela tem olhos de céu. Ilustração de Mateus Rios. São Paulo: Gaivota, 2012.

Fonte: internet.

A autora deste livro, Socorro Acioli é de Fortaleza. Ela é jornalista, teve a oportunidade de ser aluna de Gabriel García Márquez e Guillermo Arriaga, uaaaau...!!

O livro lido foi doado à Biblioteca Pública de Santa Catarina. Peguei emprestado para ler. Curti a capa, as ilustrações, tudo muito bem feito, os desenhos têm beleza nos traços e as cores são lindas. A musicalidade nos versos do cordel nos anima a ler.

Corre Chica Parteira que nossa Sebastiana está chegando!!!

As questões do nascimento, da falta de água limpa, da seca, a crendice, o bem querer que se torna mal querer, o amor, tudo isso está presente no texto. Acredito que com outra leitura eu encontro mais coisas que não percebi na primeira leitura.

Uma leitura prazerosa, uma história gostosa por demais, uma ilustração harmoniosa e que nos faz viajar no mundo da imaginação. Amei ler e recomendo a quem desejar conhecer...

...a história da menina que tinha olhos de céu.


Gostei da história.
Gostei muito da capa.
Gostei muito das ilustrações.
Recomendo para leitores de 6 anos em diante - apesar de que a cada leitor o seu livro e a cada livro o seu leitor. Assim, todos podem ler e ouvir esta história.


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

LIVRETANDO - OBAX (por André Neves)

NEVES, André. Obax. Texto e ilustrações de André Neves. 9. reimpr. São Paulo: Brinque-Book, 2010.

Fonte: internet.

Este livro eu vi sendo preparado no Setor de Processamento Técnico da Biblioteca Pública de Santa Catarina - BPSC, local que trabalho atualmente. Ele faz parte da coleção distribuída pelo Itaú Social, um funcionário da instituição solicitou para endereçar à BPSC. As obras doadas estão disponíveis no Setor Infantil e Juvenil.

Quando vi a capa e o título fiquei logo com vontade de ler. O material foi emprestado em seguida, assim que chegou eu o emprestei e levei para ler com meu sobrinho Matheus Luigi Duarte. Lemos juntos. O texto é muito lindo e a história traz a vivência em uma tribo, os perigos da savana africana, o imaginário criativo de uma criança. Traz uma aventura maravilhosa e cativante. Obax está em busca de provas e se frustra para em seguida ficar muito feliz em trazer todos para o seu mundo e fazer a muitos sonharem. Amei a história e as ilustrações, ricas em detalhes e cores. 

Cette histoire est très jolie. 
This is a nice story. I loved it.

Gostei da história.
Gostei muito da capa.
Gostei muito das ilustrações.
Recomendo para leitores de 6 anos em diante - apesar de que a cada leitor o seu livro e a cada livro o seu leitor. Assim, todos podem ler e ouvir esta história.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

PALESTRA ACERCA DA MEDIAÇÃO DA LEITURA - Guia de Leitura (por Gelson Drierich Bini)


Fonte: Ariane Batista

O relato abaixo é baseado na fala de Gelson Drierich Bini em passagem por Lages-SC no 32º Painel Biblioteconomia em Santa Catarina, este profissional vem de uma família humilde e da roça. Em sua casa o livro não era presente. Uma vez ele encontra uma vitrolinha que era uma maletinha e a tampa virava o autofalante, ele achou no lixo e consertou. Junto com a vitrolinha havia 5 discos (Iron Maiden, Black Sabbath, Led Zeppelin, Pink Floyd, Kraftwerk), estes eram os seus amigos e ouvia os discos muitas vezes. Com a audição dos discos ele se questiona o que as letras das músicas diziam (estavam em outro idioma), no Iron Maiden encontrou ideias dos textos de Shakeaspeare e Camões, no Pink Floyd - na música "Pigs, Dogs and Sheeps", encontrou George Orwell e o livro A Revolução dos Bichos, em Black Sabbath, encontrou os textos de Edgar Allan Poe e H. G. Wells, em Led Zeppelin, encontrou a base em textos de J. R. R. Tolkien (o Senhor dos Anéis). Ele afirma que se construiu como leitor por meio da música e do rock. Apesar de ouvir Sérgio Reis, quando criança e se emocionava com a história da canção O menino da porteira. Bini hoje é um mediador da leitura. Em seu trabalho ele trata com questões mais humanas no trabalho com a mediação da leitura, suas ações estão em torno de dar voz aos que estão sem voz - pessoas marginalizadas. "Basta eu não te ouvir que eu não te vejo". Um exemplo na literatura, Bini cita em sua apresentação a obra de Ralph Ellison com o título "Homem invisível" - um homem negro chega a uma cidade que no passado, os negros eram escravos. Os estudantes estudavam em cidades fora dali. Quando ele chega nessa cidade "o olhar das pessoas perpassam por ele, não o enxergam como pessoa e sim como coisa".

Fonte: internet.

Quando se perde a voz, perde a humanidade, torna-se inasimilável, (aquele em que a vida perde o significado, aquele que deixa de ser). Adquire a voz bárbara. Como exemplo dessa voz vem a violência, um homem sai de seu lugar e queima um ônibus porque quer uma pedra de crack - provoca situações de horror e pânico aos outros. E ele sente orgulho do feito - isso é algo inassimilável. Como oferecer literatura para pessoas assim, nesse contexto social? Um outro exemplo está falta de paciência de uma professora que cobra do aluno o exercício que era para ser feito em casa. Ele não fez porque o pai chegou em casa, deu um tapa na mãe, arrancou a folha do caderno do menino e usou a folha de papel do trabalho de casa para enrolar o "baseado" e fumar. O menino diz que não fez porque o pai fumou o exercício do caderno. Diante desse cenário, como oferecer um livro que possa chegar à essa realidades e realidades variadas? O projeto Guia de Leitura propõe uma dinâmica da realidade com a linguagem, oferece a música, o livro, o cinema e acima de tudo traz cada mediação das expressões artísticas com a realidade de cada pessoa, grupo, comunidade, ...

Bini nos deixa um questionamento: Como um mediador pode mudar a trajetória de uma pessoa?

A pessoa da mediação é uma peça chave e pode contribuir para alterar o rumo de uma pessoa. Importa lembrar que em nosso dia a dia precisamos ter um certo nível de acolhimento de nossos clientes, usuários, interagentes... Bini diz: "O olhar que aconchega, aproxima e atrai. Como também há o olhar que afasta".

Quando a mediação é feita e a biblioteca precisa estar em alinhamento com essa ação. O mediador precisa ser um leitor e conhecedor de obras e títulos. Assim como o(a) bibliotecário(a) precisa ser leitor(a), para poder oferecer um livro e ENCANTAR o leitor. O professor e demais envolvidos com o processo de mediação da leitura.

Sugestões ou indicações de títulos de livros feitos por Gelson Bini:

1 - Livro - Angu de Sangue - Marcelino Freire

Fonte: internet.

Como o olhar e a palavra de um mediador pode alterar a vida de uma criança. Marcelino Freire (autor de Angu de sangue) não saiba ler nem escrever e catava lixo. Um dia encontra um livro, do poeta português Fernando Pessoa, carrega o livro nas mãos e não lê, pois não saber ler. Um dia uma professora o encontra e a cena chama a sua atenção. Ela pede para ele ler, por se tratar de um autor que a agrada. Ele responde que não sabe ler e ela pergunta porque ele está com o livro nas mãos. Ele diz: porque tenho esperança, de tanto olhar um dia eu vou aprender. Ela solicita aos pais a permissão para ensinar o menino a ler. Ela sai do trabalho e o ensina. Hoje ele é dramaturgo, escritor, professor, já ganhou o prêmio Jabuti. A professora conseguiu alterar a situação de vida dele.

Um pouco do conteúdo do livro: Tudo se encontra no lixo, a vida é o lixão, lá tudo tem! Tem o que comer, tem o que enfeitar a casa, tem remédio para as dores, ... para onde ir se o lixão vai sair dali ... há tanto ali que é desperdiçada por outros ... até aliança foi encontrada ali, junto com um corpo que apareceu ali ... "eles dizem que sim, que vão nos tirar daqui", para nós isso aqui é um paraíso. 

2 - Poema: Sobre Importâncias - Manoel de Barros

Fonte: internet.

"Um fotógrafo-artista me disse uma vez: veja que o pingo de sol no couro de um lagarto é para nós mais importante do que o sol inteiro no corpo do mar. Falou mais: que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balança nem com barômetro etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós. Assim um passarinho nas mãos de uma criança é mais importante para ela do que a Cordilheira dos Andes. Que um osso é mais importante para o cachorro do que uma pedra de diamante. E um dente de macaco da era terciária é mais importante para os arqueólogos do que a Torre Eiffel. (veja que só um dente de macaco!) Que uma boneca de trapos que abre e fecha os olhinhos azuis nas mãos de uma criança é mais importante para ela do que o Empire State Building. (...) Que o canto das águas e das rãs nas pedras é mais importante para os músicos do que os ruídos dos motores da Fórmula 1. Há um desagero em mim de aceitar essas medidas. Porém não sei se isso é um defeito do olho ou da razão. Se é defeito da alma ou do corpo. Se fizerem algum exame mental em mim por tais julgamentos, vão encontrar que eu gosto mais de conversar sobre restos de comida com as moscas do que com homens doutos" (Manoel de Barros).
Fonte: internet.

ENCANTAMENTO para Manoel de Barros é ver as coisas..., através do olhar de uma criança. Que devamos passar a olhar coisas que para nós já não faz o mesmo efeito de quando as descobrimos. QUANTAS vezes saímos de casa e não percebemos as pequenas coisas ao nosso redor.

3 - Poema: Obrar de Manoel de Barros

Fonte: internet.
"Naquele outono, de tarde, ao pé da roseira de minha avó, eu obrei. Minha avó não ralhou nem. Obrar não era construir casa ou fazer obra de arte. Esse verbo tinha um dom diferente. Obrar seria o mesmo que cacarar. Sei que o verbo cacarar se aplica mais a passarinhos. Os passarinhos cacaram nas folhas nos postes nas pedras do rio nas casas. Eu só obrei no pé da roseira da minha avó. Mas ela não ralhou nem. Ela disse que as roseiras estavam carecendo de esterco orgânico. E que as obras trazem força e beleza às flores. Por isso, para ajudar, andei a fazer obra nos canteiros da horta. Eu só queria dar força às beterrabas e aos tomates. A vó então quis aproveitar o feito para ensinar que o cago não é uma coisa desprezível. Eu tinha vontade de rir porque a vó contrariava os ensinos do pai. Minha avó, ela era transgressora. No propósito ela me disse que até as mariposas gostavam de roçar nas obras verdes. Entendi que obras verdes seriam aquelas feitas no dia. Daí que também a vó me ensinou a não desprezar as coisas desprezíveis. E nem os seres desprezados".Fonte: internet.



4 - Valentina - Marcio Vassallo - ilustração de Suppa




Fonte: internet.


A história conta a vida de uma menina que é uma princesa moradora de um castelo (barraco no morro), o rei é branco e a rainha é negra. Ela se assusta com os dragões que estão do lado de fora do castelo e cospem fogo (homens com metralhadoras). Os reis a acalentam. Ela observa do alto, de seu castelo e vê lá embaixo a cidade chamada TUDO e resolve ver como tudo é. A igualdade era generalizada e a discriminação reina...

5 - Livro: 1984 - George Orwell

Fonte: internet.

Gelson Drierich Bini sugere que todos leiam este livro. Que os mediadores e professores possam indicar a leitura.

Este livro foi escrito em 1948, ele imaginou um futuro imaginário em que a sociedade é dominada por um governante, todos trabalham para ele sem salário, apenas comida. Todos o acham bondoso. O governante conseguiu eliminar o professor, a arte, o livro, expressão artística é proibida... só suas leis ... todos são observados por câmeras... e o Grande Irmão observa-os e os comanda.

6 - Livro: Bola de Sebo - Guy de Maupassant

Fonte: internet.

A prostituta gordinha é chamada de Bola de Sebo por ser gorda. Bullying? - Essa história chama a atenção por ser descriminada por um grupo que viaja com ela e em determinado momento a fome aperta e nada têm para comer, e ela leva uma cesta com comida. A figura rechaçada agora é bem vinda com suas guloseimas. São presos e agora Bola de Sebo é a única que pode ajudar a todos. Ajuda e logo vem o desprezo e o rechaçamento novamente. Mudou alguma coisa na situação vivida no início da história para o desfecho? Apesar de se sacrificar por todos?

7 - Livro: Você é uma animal Viskovitz - Alessandro Boffa


Fonte: internet.

Apenas uma história do livro - A Formiguinha é inteligente e carismática e com sua persuasão ela conquista a todos e lidera o formigueiro. Deram o poder a ela e agora no poder ela lidera a seu bel prazer. Ela é comparada a Adolf Hitler.

8 - O jogo da amarelinha - Júlio Cortázar


Fonte: internet.

O casal vive um grande amor, estão separados e se encontram em Paris. Ao aguardar, ele entra em uma livraria e o homem recorda os livros e as músicas e as obras de artes que o casal gostavam. Se reencontram e o fim da obra vem. Só que o autor informa que no início do livro tem uma tabela e se seguir uma outra ordem de leitura você poderá ter outra história.

Essas foram as falas de Gelson Drierich Bini e as obras utilizadas por ele em sua maravilhosa e encantadora palestra em Lages-SC.



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