domingo, 18 de julho de 2010

LIVRETANDO - A CABANA (por William P. Young)

Fonte da foto: internet.

Este livro eu peguei emprestado. Quando peguei para ler não consegui mais soltar.

O livro é simplesmente fabuloso. Comecei a ler e senti-me curioso para saber que ia acontecer a cada capítulo. Um mais gostoso que o outro. A cada momento uma surpresa e uma informação valiosa.

Os capítulos variam entre dor e aprendizado. Um momento calmo, uma família, um passeio, algo inesperado, corridas contra o tempo, dor, angústia. O leitor sente todas essas sensações ao ler esse maravilhoso livro.

O bilhete, a preparação e a ida para a cabana era algo que nos faz pensar: onde isso vai dar? O resultado é uma surpresa agradável.

O que Mack encontrou na Cabana foi algo inesperado, gostoso, lindo, maravilhos, repito: maravilhoso!

As descobertas, as reflexões, os questionamentos ao longo da narrativa nos faz querer parar e degustar cada momento. Quão agradáveis foram as experiências de Mack na cabana, quão duras foram as lembranças, relembranças e descobertas.

As companhias, a companhia extremamente agradável. As sensações, os cheiros, os sabores, tanta coisa a descobrir. Sophia foi dura e graciosa ao mesmo tempo. Sarayu, presença agradável. Papai, figura amável e graciosa. O carpinteiro??? Ele fez um grande feito.

Um homem sozinho em casa em um dia em que a neve cai do lado de fora de sua casa, a família estava fora. A correspondência por pegar na caixa do correio, ele aventura-se, caminhar até a saída para atingir o objetivo não foi fácil. Um bilhete assinado por Papai, um sentimento de revolta, indignação, ira, quem deixou essa brincadeira de mau gosto? Em seu trajeto de volta para casa escorrega e bate com a cabeça e logo sente o sangue quente escorrer, suja-se. A esposa e os filhos estão de volta após a tempestade passar e ele é tratado de seu corte, porém não comenta sobre o recado que arde em seu bolso. Mack decide seguir as orientações do recado e vai à cabana no fim de semana. Esse homem havia planejado, há alguns anos antes, um final de semana com seus três filhos, sem a esposa. O resultado dessa aventura resultou em uma brincadeira em canoa no lago, o desequilíbrio ocorrido na sequencia fez com que os dois filhos mais velhos dele caíssem na água e demorassem para emergir. O pai deixa a pequena Missy perto da margem desenhando e pula na água para puxar a filha para cima e em seguida desprender o filho que estava enroscado no fundo do rio. Todos a salvo e a Grande Tristeza de Mack inicia-se nesse instante, onde está a filhinha? O bloco de desenho está no local onde ela estava e nele um alfinete com o formato de uma joaninha estava fincado nos papéis. Descobre-se ser a marca assinatura de um serial killer procurado pela polícia. Eles encontram o vestidinho da pequena em uma velha cabana próxima ao local onde estavam passando o final de semana, próximo ao vestido uma grande mancha de sangue. A partir desse instante o mundo daquele pai cai e o pesar que recai sobre seu coração transforma toda a vida dessa família. Imaginem o porque de voltar para a cabana é tão dolorido para ele. Mack vai até o local que mudou sua vida e no caminho refletia sobre o dia fatídico e sentia uma vontade enorme de não prosseguir. Deixou o carro no fim do caminho e seguiu a pé o restante do trajeto pela trilha mal iluminada, chegou em frente à cabana, entrou, reviu a mancha no chão, deitou no local, sentiu vontade de ficar ali até o frio o matar e aliviar a dor que sentia. Levantou e começou a gritar com Deus e perguntar coisas como onde ele estava no momento em que ela foi morta pelo “monstro”. Sentiu-se um idiota ao pensar que Deus iria importar-se com ele ao ponto de mandar um bilhete, picou o mesmo e jogou no chão e dirigiu-se para o jipe com o intuito de ir embora. No caminho sentiu um jorro de ar quente passar pelo seu rosto, cantos de pássaros surgiram, o gelo derreteu e flores apareceram perfumando o ar, pensou estar maluco naquele instante. O lugar modifica-se e torna-se novo, vozes são ouvidas e eis a surpresa, três pessoas dentro da casa conversam. Mack entra, conversa e questiona sobre quem são, eram Deus Pai, Deus filho (Jesus) e Deus Espírito Santo (Sarayu). Trava-se uma conversa longa e cheia de sentimentos misturados com amor, ira, rancor, entre outros. O homem passa a lidar com uma situação muito estranha para ele, como assim? Ele, cara a cara com o Pai, uma negra volumosa; com Jesus, um homem carpinteiro; e recebendo direto da fonta da água da vida e do Espírito Santo na pessoa de uma asiática, todos personificados? Mack tinha muito o que conversar, questionar, sentir, refletir e decidir. Pensem na experiência desse homem, caminhar sobre as águas ao lado de Jesus, ser confrontado por Deus e colocar seu maior terro aos seus olhos para que ele possa, perdoar? Ele esteve diante de momentos e situações muito densas e tensas e difíceis, humanamente falando, de enfrentar. O julgamento é um tema tratado no livro de forma maestral, o autor nos faz refletir sobre quantas vezes julgamos coisas, pessoas e tudo mais pela aparência e por nos colocarmos acima do que estamos julgando. A conversa na cabana entra em assuntos de casamentos, instituições, religiões, igrejas, política e economia, envereda-se por questionamentos acerca de manipulações e regras que nos distanciam do verdadeiro propósito da vida: relacionamento e intimidade.Trata de uma conversa com Deus e muitas verdades. Um questionamento interessante é levantado: devemos viver de expectativa ou prontidão? O ficar em prontidão é mais interessante, uma vez que a expectativa pode gerar frustações. Grandes presentes foi dado ao nosso protagonista, ele viveu grandes experiências neste fim de semana divino e precisou tomar uma grande decisão, ficar e aprender mais sobre aqueles três anfitriões ou voltar para sua vida terrena e sua família, para o real ou para o irreal, fica aí um questionamento. Uma história de família, dor, encontro, busca, verdades, amor, comunhão, relacionamento, perdão, realidade, irrealidade, levar outros a conhecer as maravilhas dos ensinamentos aqui escritos.


Estou ansioso por ler novamente The shack, a cabana. Farei uma pausa e retornarei ao livro em breve. A experiênica foi tão saborosa que quero degustar novamente.

Indico, recomendo, divulgo, o livro é muito bom. Leiam e reflitam.

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